Segue
uma sessão de posts inspirados nas tendências para o Inverno deste ano. Inicio
assim, com o tema retrô/alta costura, que tem a sua inspiração nas estrelas
hollywoodianas e arte design nos anos 60.
Depois da morte precoce de Amy Winehouse, iniciou-se um estouro de 'novas divas'-
começando por Adele - e tanto a industria quanto o público tem voltado os seus
olhos expectantes ao surgimento de cantoras que não somente surpreenda musicalmente,
mas que traga um diferencial... Algo que
fuja de uma cantora com 850 bailarinos em volta de si, tentando erotizar.
Eis
que, no meio disso todo, ressoa uma voz carregada de nostalgia - e sensualidade
inocente - de alguém que pôs-se em coesão ao primeiro nome de Lana Turner - a
Breatrix Emery do filme 'Dr. Jekyll and
Mr. Hyde' (O Médico e o Monstro, no Brasil)
do
norte-amerricano Victor Fleming - e ao carro mais famoso da Ford: Lana Del Rey.
Atuando
entre pólos através da crítica, Elizabeth Grant (seu nome real) mantém-se
alheia, fazendo com que a mesma continue com seus ouvidos atentos na voz grave e carregada da melancolia dos anos 20 - de
donzela romântica, que é um dos pontos que mais dividem as opiniões devido às
dúvidas e rumores sobre sua honestidade - nos singles que segue emplacando com
seu último trabalho, 'Born to Die'.
Retornando
à polêmica da sua imagem, carregada do retrô e inspiradas nas cantoras e
atrizes dos anos 20 até os lábios, literalmente (Lana aplicou botóx para
assemelhar-se ainda mais ao estilo blasé de sua interpretação no palco),
questionam até que ponto sua imagem é vendida - se a sua música é real ou se é
só mais um produto.
Real
ou não, Born to Die torna-se empolgante nas suas primeiras seis faixas, mesmo com
vocais protegidos por doses imoderadas de artifícios eletrõnicos - conseguindo
incitar até uma espécie de comoção à cantora, em relação às críticas ferrenhas
que vem recebendo. Mas, chega 'Dark
Paradise' e tudo desmorona: a nostalgia encontra um lugar-comum morno e
patético, e segue assim até o fim, com
exceção de Radio que é uma das melhores faixas do disco, finalizando com os excessos eletrônicos de This is What
Makes Us Girls.
Enfim,
não pode-se negar que a moça é, além de um grande investimento, um talento
pelas suas composições que fogem do lugar em que o pop tem se encontrado nos
últimos tempos.
Esse Diogo é meu orgulho mesmo, viu.
ResponderExcluirNao conheço muito o trabalho dela não, ouvi algumas coisas, mas vou baixar pra ver "qualé" a dela.
ô Malu! Agradecido por apreciar minha escrita. heh.
ResponderExcluirBaixa sim de depois tu me conta "qualé" tua impressão.
Gostei não. Podia comentar algo mais popula.
ResponderExcluirVocê do comentário acima: Em que mundo você vive?
ResponderExcluirVivo num mundo onde cada um define o que gosta e o que não gosta, afinal de contas, a música não define ninguém. O que adianta colocar uns artista que ninguém conhece? Comenta algo mais popular como um sertanejo ou um mpb ou quem sabe até um caipira de raíz.
ExcluirÉ esse o mundo que eu vivo, onde todos tem direito de gostar ou não de determinada coisa.
Eu já ouço essa nova queridinha da música alternativa e fico feliz por ver que você, Diogo, nos dá o prazer de ver disseminada, entre essa nova geração, música de qualidade.
ResponderExcluirAnônimo (Apr 27, 2012 07:04 PM), o negócio aqui é sair do lugar comum, velhinho. Revolução dos conceitos, saca? Que, na minha opinião, neste caso em especial, até nem seria uma revolução, mas sim, uma "EVOLUÇÃO dos conceitos".
Vamos nos permitir escutar "coisas" novas. Educar os ouvidos e o espírito para evoluir.
Parabéns, Diogo! Mais um acerto em cheio na sugestão de música boa.
Aguardando ansiosa os próximos posts, cara!
Abração!
Elis Nunes (cantora e trompetista - titia da Isa Zeff =)
Você aí de cima (Elis Nunes).
ExcluirPode-se muito bem sair do lugar comum sem ser elitista. Essa é a missão de quem pretende disseminar conhecimento, afinal, ele não é limitado a gostos x ou y e não pode ficar com meia dúzia de pessoas.
Te falo isso até pelo perfil das Lojas Tenda (dona desse blog). Compro nela há pelo menos 5 anos e sei que, por ela agradar a todos, sua principal característica é sim, ser popular. Ou estou errado?
Poxa, Elis, eu fico muito feliz por estar senso recebido assim, por pessoas que tem a mente aberta para o que de fato vale a pena ser grifado na cena musical de hoje, e não ao que é simplesmente popular.
ResponderExcluirSer popular não é uma qualidade, senhor anônimo acima.
Quero você sempre por aqui, espiando as coisas que acho dignas de serem citadas.
Muito obrigado, de verdade, pelos elogios!E, temos que fazer um som juntos, hein!?
Beijos!
Sem querer colocar lenha na fogueira, mas eu concordo com o anônimo. Acho que os critérios musicais aqui definidos não pactuam com a imagem simpática que a loja tem.
ResponderExcluirEu não imagino a minha mãe lá na Tenda comprando uma toalha e curtindo uma música dessa. kkkkk.
Bom essa é minha humilde opinião.
Ops... No dicionário tá dizendo que ser popular é qualidade sim:
popular
po.pu.lar
adj m+f (lat populare) Que é do agrado do povo; que tem as simpatias, o afeto do povo.
Que isso...
ResponderExcluirAs músicas dessa menina são "mara", mas o Diogo, talvez por ter morado tanto tempo no exterior, devia caprichar mais na escrita.
ótimo post.