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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não sou mulher de rosas!



"(...) Não sou mulher de rosas. Já disse de saída, no primeiro encontro, nem recordo a razão. Mas disse, naquele meu velho estilo metralhador de moços com olhos de promessa. Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não gostar de rosas, tampouco das vermelhas, pra me afastar da obviedade do amor. Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras."


Pois é galerinha, é assim que o meu queridinho Gabito Nunes já vem chegando em seu novo livro,”Não sou mulher de Rosas”, rasgando a gente sem anestesia. Pois é esse livro superou as minhas expectativas e é tão bom e bem escrito que o seu primeiro, e o melhor mais cortante que nunca!

Um livro delicioso que fala que vai às profundezas da contradição feminina, e faz dos leitores protagonistas, como se fosse um relato das vezes que fomos e somos impedidos de dizer sobre o amor, seja por escassez de tempo, palavras, coragem ou indecisão. Crônicas de pensamentos rebeldes, firmes, inseguros, desabafos daqueles que não dizemos a ninguém, enfim, todo o desvario que o amor causa.

O mais perfeito do livro, além do preço (R$32,00), é a perguntinha que fica ressoando em cada conto que você lê: “E se fosse possível voltar e despejar tudo? Você o faria?



Impossível saber. Mas é delicioso imaginar como seria através da interpretação lírica, veloz, cômica e condoída dessa delícia de autor, diga-se - ao desatar nós de gargantas femininas. Mais que um manifesto, um exercício de percepção, uma obra cheia de histórias de amor, às vezes, sem amor.


Como deu pra perceber eu amei o livro né, que foi um presente da linda da Dayse Aguiar, que me fez passar esse momento tortuoso, mas deliciosa que é ler Gabito Nunes. (#drama.eu).

Então vou me despedir com um trecho do livro pra fazer vontade em vocês! Rs, pra quem já leu me contem o que acharam!


"Eu não sabia o porquê de estar ali depois de, sei lá, uns novecentos dias. E você, tão lord e super discreto, exatamente como novecentos dias atrás, também nem perguntou. Ficamos ambos parados e quietos, pensando muito. Eu e meu punho cerrado e apoiado na bochecha, você futucando alguma coisa no cotovelo com a cara séria e entediada. Como numa cena de fluxo lento. Fazia muito tempo que a gente não se via depois que tudo deu errado [...].

[...] Mas agora já não sei o que fazer com isso, só sei da minha vontade de fazer um brinde ao nosso reencontro e te beber inteiro sem receio de me afogar outra vez. Mas você fica inerte, deixando bem claro que estou abaixo de uma ferida de cotovelo, talvez tentando proteger aquela parte do corpo que já tanto doeu.

Talvez seja só uma dívida com meu ego mimado, mas eu sinto tesão. Eu quero agora. Se não for por reconciliação, que seja de despedida. Você me vê com um "sim" em cada olho, mas não oculta uma certa tristeza. E faz uma cara como dizendo que desse jeito não vai dar. Mas eu quero muito, então faço uma cara de não se preocupe, deixa que eu dou, do meu jeito.”

Espero que tenham gostado!
Beijinhos!

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