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terça-feira, 24 de abril de 2012

Hugo Cabret – Uma homenagem à história do cinema



Antes de mais nada, gostaria de dar as boas vindas aos leitores e agradecer as inúmeras visitas e comentários que temos recebido. Isso é extremamente gratificante e nos estimula a continuar o bom trabalho.

Bom, como vocês já devem ter percebido, vou dividir a coluna de cinema com o Cássio Santana, que na semana passada nos presenteou com um ótimo post sobre uma animação da PIXAR.

E para tentar manter o nível, resolvi falar hoje sobre um filme que é, ao mesmo tempo, uma obra de arte e uma homenagem. Estou me referindo ao filme A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorcese, que é uma clara homenagem ao ilusionista e cineasta francês Georges Méliès.Das 11 indicações que teve ao Oscar, o filme faturou 5, nas categorias: Efeitos Visuais, Fotografia, Direção de Arte,Edição de Som e Mixagem de Som.


O filme, baseado no livro de Brian Selznick, se passa em 1930 e conta a história do menino Hugo, um órfão que vive escondido na estação central de trem de Paris e que é responsável por manter em funcionamento e pontuais os gigantescos relógios do lugar. A trama se desenvolve em torno de um misterioso autômato – uma espécie de boneco mecânico – que Hugo herdou de seu pai e se dedica a consertar, pois acredita que ele guarda uma mensagem de seu pai a ele. Sempre tentando se esconder do guarda da estação, Hugo acaba conhecendo o dono de uma loja de brinquedos, o severo Papa George, para quem acaba trabalhando, e sua neta Isabelle, que passa a acompanhá-lo em sua aventura.

Mas essa história é apenas um plano de fundo para as inúmeras homenagens à história do cinema, ora escondidas, ora bem explícitas ao longo do filme. Dentre essas várias homenagens, é possível encontrar referências a, por exemplo, A Chegada do Trem à Estação, um dos primeiros filmes feitos pelos irmãos Lumière.

Como se não bastasse, Scorcese elevou o uso da tecnologia 3D nos filmes a um novo patamar. Planejando cuidadosamente seus enquadramentos, ele conseguiu utilizar o efeito tridimensional em absolutamente todas as tomadas, ainda assim sem torná-lo algo cansativo. Mesmo as projeções dos filmes mudos foram cuidadosamente transpostos para o 3D (com destaque especial para a projeção de Viagem à Lua, clássico maior de Méliès).

É bem verdade que o filme apresenta suas falhas, e o grande ponto negativo fica por conta do roteiro mal resolvido de John Logan, que acaba deixando no ar a verdadeira utilidade do autômato, além de incluir alguns personagens que não acrescentam em nada à narrativa. Mas ainda assim, é um belo filme para se assistir, principalmente para quem é apaixonado por cinema.

 Assista abaixo ao trailer do filme e, na sequência, um vídeo que mostra os bastidores do processo criativo do filme, com depoimentos da produção. Divirtam-se e até a próxima!






3 comentários:

  1. O filme é mesmo uma obra de arte, a fotografia chega a emocionar.Parabéns Jader, bela escolha, belo texto.

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  2. Ainda não vi Hugo mas tô doida pra ver, irmãozin. Ainda mais depois dessas belas palavras. hahaha Parabéns!

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  3. O começo do cinema realmente foi de pura magia e a história nos envolve com todo este encantamento. Muito legal para quem é aficionado por cinema, como nós, ver na tela grande as origens de toda esta maravilhosa arte. Confesso que fiquei meio tonto com tanto 3D, mas Méliès e Scorcese têem lugares cativos no meu coração, então...amei o filme! Parabéns pela sua estréia e que tenha vida longa por aqui!

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