Antes de mais nada, gostaria de dar as boas vindas aos leitores e
agradecer as inúmeras visitas e comentários que temos recebido. Isso é
extremamente gratificante e nos estimula a continuar o bom trabalho.
Bom, como vocês já devem ter percebido, vou dividir a coluna de cinema com o Cássio Santana, que na semana passada nos presenteou com um ótimo
post sobre uma animação da PIXAR.
E para tentar manter o nível, resolvi falar hoje sobre um filme que
é, ao mesmo tempo, uma obra de arte e uma homenagem. Estou me referindo ao filme A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorcese, que é uma clara
homenagem ao ilusionista e cineasta francês Georges Méliès.Das 11 indicações que teve ao Oscar, o
filme faturou 5, nas categorias: Efeitos Visuais, Fotografia, Direção de Arte,Edição de Som e Mixagem de Som.
O filme, baseado no livro de Brian
Selznick, se passa em 1930 e conta a história do menino Hugo, um órfão que vive escondido na
estação central de trem de Paris e que é responsável por manter em
funcionamento e pontuais os gigantescos relógios do lugar. A trama se
desenvolve em torno de um misterioso autômato – uma espécie de boneco mecânico
– que Hugo herdou de seu pai e se dedica a consertar, pois acredita que ele
guarda uma mensagem de seu pai a ele. Sempre tentando se esconder do guarda da
estação, Hugo acaba conhecendo o dono de uma loja de brinquedos, o severo Papa George, para quem acaba
trabalhando, e sua neta Isabelle,
que passa a acompanhá-lo em sua aventura.
Mas essa história é apenas um plano de fundo para as inúmeras
homenagens à história do cinema, ora escondidas, ora bem explícitas ao longo do
filme. Dentre essas várias homenagens, é possível encontrar referências a, por
exemplo, A Chegada do Trem à Estação,
um dos primeiros filmes feitos pelos irmãos Lumière.
Como se não bastasse, Scorcese elevou o uso da
tecnologia 3D nos filmes a um novo patamar. Planejando cuidadosamente seus
enquadramentos, ele conseguiu utilizar o efeito tridimensional em absolutamente
todas as tomadas, ainda assim sem torná-lo algo cansativo. Mesmo as projeções
dos filmes mudos foram cuidadosamente transpostos para o 3D (com destaque
especial para a projeção de Viagem à Lua,
clássico maior de Méliès).
É bem verdade que o filme apresenta suas falhas, e o
grande ponto negativo fica por conta do roteiro mal resolvido de John Logan, que acaba deixando no ar a
verdadeira utilidade do autômato, além de incluir alguns personagens que não
acrescentam em nada à narrativa. Mas ainda assim, é um belo filme para se
assistir, principalmente para quem é apaixonado por cinema.
Assista abaixo ao trailer do filme e, na sequência,
um vídeo que mostra os bastidores do processo criativo do filme, com
depoimentos da produção. Divirtam-se e até a próxima!
O filme é mesmo uma obra de arte, a fotografia chega a emocionar.Parabéns Jader, bela escolha, belo texto.
ResponderExcluirAinda não vi Hugo mas tô doida pra ver, irmãozin. Ainda mais depois dessas belas palavras. hahaha Parabéns!
ResponderExcluirO começo do cinema realmente foi de pura magia e a história nos envolve com todo este encantamento. Muito legal para quem é aficionado por cinema, como nós, ver na tela grande as origens de toda esta maravilhosa arte. Confesso que fiquei meio tonto com tanto 3D, mas Méliès e Scorcese têem lugares cativos no meu coração, então...amei o filme! Parabéns pela sua estréia e que tenha vida longa por aqui!
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